Ads 468x60px

Pages

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

"Vai, e faz também tu o mesmo"


A primeira leitura de hoje relata-nos a promessa de Deus de fazer voltar do exílio o seu povo: Voltarão um dia para a sua própria terra soltando brados de alegria. Serão de novo um povo que dirige os seus próprios destinos. 

Muito se sofre nos nossos dias nos exílios das infelicidades provocadas por crises financeiras, morais, espirituais. É verdade que as crises são por vezes causadas por intervenções injustas de certas áreas da escala social. Mas temos de admitir que também nós colaborámos em tais situações, como povo e como indivíduos. Elegemos alguns chefes que administraram mal os bens do país, dirigentes que se preocupavam mais com a idolatria da sua ganância pessoal do que com o bem do povo que neles depositara a sua confiança: exilaram-nos para a pobreza e a falta de realização. Deus espera por uma conversão que lhe dê a oportunidade de nos libertar deste exílio. 

Como indivíduos, impõe-se a todos nós um exame de consciência sobre o nosso comportamento pessoal e de membros da nossa sociedade. A cada um de nós Deus promete libertar-nos dos auto-exílios dos erros por nós cometidos, da ignorância, da maldade talvez, do abandono dos Mandamentos da Lei de Deus, do desinteresse pelos mais pobres e necessitados. Faltou-nos talvez uma programação séria da nossa vida conforme as possibilidades que tínhamos. Toda a cura começa pela admissão dos erros cometidos. Mas Jesus Cristo obteve para nós a libertação pessoal e coletiva por meio do seu sacrifício salvador. 

O que às vezes nos falta, isso nos ensina o cego do evangelho, Bartimeu. Ele compreendeu a sua situação desesperada de cego e fez aquilo que o podia salvar: Gritou com toda a força e confiança: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim!» Até o Catecismo da Igreja Católica nos aconselha esta oração. Para Jeremias, na primeira leitura, a libertação operada por Deus é também para o cego. E cego é-o cada um de nós, certas vezes. A cegueira física, moral ou espiritual exila-nos da felicidade. Como Bartimeu, devemos gritar: «Jesus, Mestre, que eu veja». 

A resposta de Jesus ao grito de Bartimeu também quadra bem a cada um de nós: «Que queres tu que eu faça por ti?» «Mestre, que eu trabalhe para eliminar as consequências do pecado na minha vida; que eu derrube o meu complexo de superioridade; espalhe o amor na minha família; me aplique em evangelizar; estenda a mão ao necessitado; viva a vida abundante de libertação por ti trazida». E se dissermos que há gente que se esforça por fazer tudo isto, dizemos a verdade. A conclusão de Cristo: «Vai, e faz também tu o mesmo» (Luc 10,37).


Fátima Missionária

0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...