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sábado, 29 de dezembro de 2012

Endereço de Deus - Artigo de Rubens no Jornal O Povo


Marquei um encontro com Deus. Um encontro onde eu pudesse transparecer amor. Fui sem saber o que dizer, fui simplesmente na ousadia, mas não sabia precisamente qual era.

Ao chegar ao local marcado o encontrei justamente onde o imaginei estar. Ele chegou antes de eu chegar, mas, que engraçado, Ele também não me disse nada! Fiquei inquieto a princípio, pois eu queria conversar, embora eu não soubesse o que dizer.
Passados alguns instantes, comecei a refletir sobre alguns pontos da minha vida, tanto positivos quanto negativos, e sobre a reflexão tida em cada um deles fui percebendo que o diálogo com Deus acontece até mesmo no silêncio, porque Ele é a sublime consciência e, portanto, conhece a minha melhor do que eu mesmo. Aprendi que não são as palavras verbalizadas que mostram quando converso com Deus, mas sim as que ficam no silêncio e me fazem dizer o que quero, mesmo que seja por um momento, tal me custe a perceber isso. Ele, o Deus altíssimo, que tudo conhece, me faz sentir parte desse tudo, sendo eu um dos conhecidos de Deus.
Tudo isso aconteceu porque também se abriu em mim a descoberta de que aquele lugar era meu coração. Que o encontro marcado existiu desde sempre, todavia, eu não estava observando o caminho certo para lá chegar. 
Parece até um tanto paradoxal ter Deus no coração e não percebê-lo, mas qual o motivo disso? Ah, isso acontece por razão de nos esquecermos de olhar para nós mesmos. Queremos muito enxergar Deus naquilo que é externo a nós e não nos preocupamos em olhar para Ele que reside antes de tudo em nosso ser.
Isso me faz recordar o Evangelho quando me questionou sobre “como posso amar a Deus que não vejo e não amar o meu irmão a quem vejo?” Essa pergunta feita a nós por meio do Evangelho é uma bela verdade! Mas quem de nós tentou olhar para si e si amar um pouco, ser um outro e se amar e ser feliz. Acredito que cada um de nós se conhece, e nesse conhecimento de si arranca o passaporte para amar-se. Daí amar o outro que está externo a ti e, enfim, amar a Deus, Sumo Bem.
É isso que desejo: amemo-nos! Se praticarmos esse amor, o outro externo a nós sentir-se-á muito melhor com nossa companhia e faremos uma diferente missão em sua vida: a missão do amor. Mas esse objetivo se buscará quando estivermos dispostos ao silêncio de Deus e deixá-lo ser o nosso guia, isso não é difícil, porque Ele reside aqui, aí, no meu, no seu, no nosso coração.
Rubens Rodrigues é seminarista da Diocese de Crateús-CE e estudante do curso de Filosofia da Faculdade Católica de Fortaleza 

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