
Todos os dias são das crianças (e adolescentes). É certo. Mas temos uma data específica e, por isso, vamos nos valer dela para focarmos em seu significado. Para isto, são atuais as palavras da filósofa Hanna Arendt (1906-1975) quando ela, ao refletir sobre a educação, escreveu: A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele, e ainda a educação é, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não expulsá-las de nosso mundo e abandoná-las a seus próprios recursos.
Qual, portanto, o presente a ser dado às crianças e adolescentes? O incansável compromisso de assumirmos a responsabilidade por nosso mundo e por eles que, em condição peculiar de desenvolvimento (conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente), nos exigem o apoio para construírem valores que lhes dêem subsídios para relações éticas, em um contexto seguro de prática de diálogo e limites para construírem a responsabilidade por seus atos. A garantia de sua dignidade, respeitados em seu processo biopsicossocial, valorizados em suas opiniões e participação. Nossa postura firme e cuidadosa ao quererem experienciar suas curiosidades e sentimentos (o que os torna muitas vezes vulneráveis as mais diversas situações de risco). A nossa ajuda para compreender e lidar com os desafios do convívio social e de assumir compromissos de ser cidadão. Uma família em condição de exercer seu papel educativo.
De fato este presente é ainda uma promessa para muitas crianças e adolescentes. Mas tenho constatado que estamos construindo um novo caminho. Há muitos adultos cuidando deste mundo e das crianças e adolescentes, seus filhos e de outros. A estes, parabéns pelo dia das crianças!
* Artigo enviado pela Ong Terre des hommes Lausanne no Brasil
Lastênia Soares, é psicóloga, psicopedagoga, mestre em educação e coordenadora psicopedagógica da Ong Terre des hommes Lausanne no Brasil
Boa Notícia
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